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domingo, 19 de dezembro de 2010

postheadericon Fonte com MOT - Parte 2

   Após montar a carga variável e fazer o enrolamento de teste no MOT comecei a testá-lo. O novo enrolamento foi feito com cabo flexível 13AWG. Meu primeiro teste foi com 11 espiras, o que me deu 10.6V em vazio (a foto com 10.5V foi porque o multímetro estava oscilando entre 10.5V e 10.6V, aí quando tirei ele ficou em 10.5V). Com uma carga de 2.8Ohms, consegui drenar uma corrente de 4.44A, porém a carga não está sendo tão prática pois ela estava começando a derreter o balde. Terei que fazer os próximos testes com lâmpadas em série mesmo.
Algumas ferramentas, uma luva de proteção, e o cabo 13AWG.
O trafo já com o novo enrolamento e com a carga, agora só faltava fazer as medições.
Tensão no secundário.
Corrente do primário.
Corrente no secundário.
Resistência da carga.

   Então depois de montar a carga variável, concluí algumas coisas: a tensão em aberto (sem carga) e em circuito fechado (com carga) é a mesma, logo deduzo que talvez com esse mesmo enrolamento o transformador poderia ter me fornecido mais corrente, a qual ficou limitada pela carga de 2.8Ohms. Mesmo assim, já foi um bom teste e me provou que este transformador não vai me desapontar nem tão cedo. Vamos fazer alguns cálculos. Primeiro da potência aparente:
Pap = V*I
Pap = 10.5*4.44
Pap = 46.62VA
   Agora da potência ativa.
Pat = R*I²
Pat = 2.3*4.44²
Pat = 45.34128W
   Alguns vão me perguntar, porque você utilizou a resistência como 2.3 sendo que no multímetro ela era apontada como 2.8. É simples, ao calcular com 2.8 a potência ativa iria ficar maior que a aparente, o que daria um trafo com secundário em desempenho acima de 100%, e como nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, não faria sentido o desempenho ser acima de 100%. Logo deduzimos que R = V/I, então R = 10.5/4.44, o que daria mais ou menos 2.4, porém como a maioria dos cálculos não é totalmente certo, pois meu multímetro já é bem antigo, e coitado, nem true RMS ele é, o que não me faz deixar de dizer que é um ótimo multímetro. Então só faltou calcular o fator potência:
Fp = Pat/Pap
Fp = 45.34128/46.62
Fp = 0.97
   Então o secundário trabalha em aproximadamente 97% de seu desempenho. Eu sei que muitos vão me dizer "mas você devia ter feito a relação primário e secundário", porém não era necessário agora, já que eu sabia que ia ter uma grande perda de energia, e o fator de potência ficaria lá em baixo, fora que isto é só um enrolamento de teste, não é definitivo. Então, depois de desfazer o enrolamento, decidi fazer um com 2 espiras para ter um segundo valor de volt por espira.
Com duas espiras, recebi o resultado de 2.2V
   Destes testes, eu pue tirar algumas conclusões.
  1. O valor volt/espira não é tão preciso, e vai depender um pouco de testes.
  2. O espaço para o secundário é muito pequeno, algo crítico neste projeto.
  3. Preciso de uma carga mais prática para testar o transformador.
  4. Preciso solucionar o problema da bitola.
   Comentando agora as conclusões.
1ª - Esta conclusão nem precisa ser muito comentada, apenas irei explicar o porque do valor não ser tão exato. Como vocês podem ver eu estou fazendo tudo de forma caseira, sem auxílio de máquinas ou outros então a colocação das espiras não é perfeita, mesmo eu tentando manter elas da forma mais organizada possível.
2ª - Era de se esperar isto. Pois eu não estou fazendo o secundário com fio esmaltado, logo eu perco muito espaço com o isolamento do mesmo. Fora que ele foi projetado para 2.000V 0.5A, o que exige um fio de bitola extremamente pequena.
3ª - Este problema vai ser fácil de resolver, vou utilizar lâmpadas em paralelo mesmo, já que a carga que estou utilizando não está tão prática.
4ª - Está relacionado com a 2ª conclusão. São duas coisas. Primeiro preciso arranjar uma forma de utilizar um fio ou cabo que não me ocupe tanto espaço com o isolamento. Estou pensando em uma loucura, que é fazer a "esmaltagem" caseira do fio, vou fazer alguns testes e posto as conclusões aqui. A segunda questão é que: como um fio tão fino no primário, que me parece ser de 18AWG (máximo 2.5A) está em tão bom estado e tendo um desempenho ótimo com uma corrente de 7.5A aproximadamente? Se isso for meio que uma "tolerância" irei utilizar ela à meu favor no secundário.

   Ainda não tenho certeza das tensões que irei explorar nesse transformador. Mas provavelmente será algo como 11V+11V, 27V+27V, e talvez eu derive todas elas de um único enrolamento, para poupar espaço. Bom, tenho que pesquisar um pouco para resolver primeiro os problemas acima. Agora depois desse post deste tamanho, vou tomar meu café, pois ninguém é de ferro.
sábado, 18 de dezembro de 2010

postheadericon Carga de teste

   Como havia dito, o próximo passo para efetuar a fonte com o MOT, seria fazer uma carga para testá-lo. Utilizei algumas resistências (2 de chuveiro e 1 de forno), e consegui vários valores de resistência para testar o MOT. Observem:
 
   Valores de resistência
  • 21.9Ω
  • 18.7Ω
  • 9.8Ω
  • 4.5Ω
    Quando for utilizá-las, irei deixar elas mergulhadas em um balde com água já que a maioria era de chuveiro, e se ligar à seco, podem esquentar demais e até se romperem. Irei também utilizar algumas lâmpadas incandescentes de 60W em paralelo como carga, pois é mais prático fazer uma carga delas.
   Ahhh e também já fiz o enrolamento de teste do secundário, porém a bateria do celular acabou e eu não pude tirar fotos, mas fiquem tranquilos, que assim que ela carregar eu irei tirar e postar as fotos e conclusões.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

postheadericon Fonte com MOT - Parte 1

    Nada melhor do que começar a botar em prática um objetivo não é? Então vamos lá. Bom, para começo de conversa, vou explicar o que viria a ser um MOT. Do inglês microwave oven transformer ou seja, transformador de forno microondas, o MOT é um transformador de alta potência elevador de tensão. Abaixo as fotos do MOT que eu consegui. Clique nas fotos para ampliar.
   Ele eleva a tensão para cerca de 2.000V ou 2kV com uma corrente média de 0.5A, ou seja, é bem potente e perigoso. Então a primeira conclusão, é ter muita cautela ao ligar ele. Para quem não sabe, o transformador é um dispositivo que transforma uma tensão AC, para outra tensão também AC, e funciona baseado nos princípios da Lei de Faraday e Lei de Lenz.
   Agora que estamos munidos na teoria vamos para a prática. Como pretendo montar uma fonte para equipamentos principalmente de áudio, 2.000V não são muito usuais. Para se ter uma ideia equipamentos de som domésticos funcionam normalmente em torno de 35V, e os automotivos em torno de 13V.
Antes de tudo organizar as ferramentas que vou utilizar

   Então o primeiro passo é remover o secundário desse transformador. Ele é composto por um fio de bitola muito fina, mas como são muitas espiras ele fica "maciço". Vendo o Instructables peguei algumas dicas. Uma dela é que para tirar o secundário deste trafo basta ir cortando os fios com uma chave de fenda, batendo nela com um martelo.

    Dica: se você tiver uma chave de fenda velha, grande, passe a ponta dela no esmeril deixando mais fina, pois assim cortará mais fácil os fios.
Um lado do secundário já removi, com muito cuidado para não danificar o primário
   Agora com os dois lados removidos, basta ir batendo na fenda do trafo com uma chave de fenda (não isso não foi um trocadilho), para ir "desentupindo" as mesmas do resto de fios de cobre
   Tomei muito cuidado com o primário, pois ele será mantido. Uma dica é que eu utilizei aquele parafuso maior do lado do martelo para desentupir a fenda do trafo, ele foi mais eficiente do que a chave de fenda. Não reparem no cabo vermelho de chave de fenda quebrado, acho que algumas marteladas foram muito fortes. Bom, isso tudo infelizmente é lixo, não tem como ser reaproveitado.
    Aqui o trafo já totalmente sem o secundário. Irei testar o primário com o multímetro para verificar seu estado, porém não tenho dúvidas de que ele está bom. Ao lado do trafo está um espaguete de cerâmica que pode ser reaproveitado. Só estou com uma dúvida, é que se aqueles laminados que ficam na fenda entre o primário e o secundário podem ser removidos, já que quanto mais espaço na fenda, melhor para eu fazer o novo enrolamento. Irei pesquisar e posto a conclusão.
    Antes de fazer o secundário, irei limpar o transformador com óleo (aquele atrás do trafo na última foto) e uma esponja de aço. Também irei montar uma carga para ir testando o secundário. Qualquer dúvida, deixe um comentário. Mais tarde irei no churrasco na casa de um amigo. Talvez eu vire a noite hoje programando alguns módulos em PHP.

postheadericon Minha oficina caseira

  
    Depois de muito suor, muita sucata, muita limpeza e muitas playlists terminei de arrumar minha oficina. Agora sim, pelo menos a parte principal dela está 100%. Meu velho me ajudou muito na montagem dela, principalmente na parte elétrica. Ela foi feita no sótão da minha casa, onde existiam 2 cômodos que estavam sem uso. Decidi usar um para desenvolvimento de eletro-mecânica, e o outro como era maior dividi em mais 2 partes, uma para testes digitais e protótipos gerais e outra para pintura entre outros fazeres que colocam partículas em suspensão no ar.

(clique nas imagens para ver em tamanho maior)
   Quase tudo dela, digo que mais ou menos 95% foi reciclado. As madeiras e as ferragens todas foram recicladas, pois estavam sobrando aqui no próprio sótão. As únicas coisas que comprei realmente foram o cabo concêntrico, algumas tomadas, e as lâmpadas fluorescentes. O reator por incrível que pareça eu achei jogado na rua, e por mais incrível que pareça ainda, ele estava funcionando.
   O motor do esmeril é de 3cv, e eu mesmo recondicionei de uma bomba d'água antiga. Mandei tornear o eixo para facilitar a fixação das pedras. Ele só estava com muita terra dentro, fiz uma limpeza, lubrifiquei com óleo de máquina e ele funciona 100%, rufante e furioso.
   Um detalhe, foi a primeira vez que usei cabo concêntrico para fazer instalação elétrica. Só achei vantagens! É muito mais fácil de passar nos dutos, fora que sua isolação é perfeita. Estou utilizando um disjuntor de 30A (a rede aqui é monofásica, mas mais para frente pretendo instalar a bifásica também). O cabo concêntrico é de 2x4mm².
   Outro detalhe é que eu utilizei da própria estrutura de madeira do telhado para fixar a minha bancada do primeiro cômodo, o que fez ela ficar extremamente fixa e estável. Mesmo com o motor ligado, ela não vibra nem um pouquinho.
    Já a esta bancada (que está sem nada) tive que utilizar um perfil L de ferro galvanizado (já tinha em casa) de mais ou menos 1 metro, fixei ele na parede e depois fixei a bancada no perfil, ficou extremamente presa! Mais pra frente pretendo montar um PC com peças velhas, ou até mesmo comprar um notebook, para fazer os projetos de mecatrônica nessa bancada. Ainda falta fazer a instalação das tomadas nela.
   (esta é a área para fazer pinturas e etc, observe que improvisei uma cortina de plástico para proteger as outras áreas)

   Então é isso por enquanto, hoje irei começar meu projeto com o MOT, e logo de noite se a rua não estiver tão atrativa, irei voltar a fazer meus módulos para site.

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